quarta-feira, 15 de maio de 2013

Vítimas de trabalho escravo em MG receberão direitos trabalhistas, diz MP


NA MÍDIA SE FALA DE TUDO, TRAFICO HUMANO, DE DROGA, DE CRIANÇA, MAIS SERÁ QUE UM DIA ,IRÃO FALAR DE TRABALHO ESCRAVO? ISSO EXISTE NOS DIAS DE HOJE, EM VARIAS CIDADES DO NOSSO BRASIL! VAMOS FICAR ATENTOS E DENUNCIAR.

Proprietário da fazenda, em Sacramento, não quis se pronunciar.
Ao todo, 34 trabalhadores viviam em condições subumanas.

Mão de um dos trabalhadores, que trabalhavam sem equipamentos de proteção (Foto: reprodução/TV Integração)
Após a intervenção e o resgate de 34 carvoeiros que trabalhavam em regime de escravidão na região de Sacramento, no Triângulo Mineiro, nesta quarta-feira (15), todos receberão os benefícios legais retroativos. Segundo os próprios funcionários, o ganho médio era de R$ 30 por dia e os alojamentos feitos de madeira.

Luiz de Souza, que trabalhava na carvoaria há 15 dias, deixou Quartel de Minas, na região central do estado, com toda a família. Mas ao chegar para trabalhar em Sacramento, as condições encontradas não eram as que eles esperavam. “Lá não tinha energia elétrica. Sabonete nós comprávamos e depois ele descontava”, contou mostrando as mãos (foto acima) e os braços para evidenciar que não usava nenhum tipo de equipamento de segurança.
Segundo o Ministério do Trabalho, em alguns casos a situação já durava quase um ano. No entanto, a denúncia só foi feita ao órgão este mês, por meio de um ex-trabalhador que deixou a fazenda após cinco dias.
O auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Marcelo Gonçalves, contou que o que foi encontrado se caracteriza como trabalho escravo. Além da falta de equipamentos de segurança e garantias trabalhistas, outros pontos agravavam ainda mais o problema. “Todo conjunto das irregularidades encontradas caracteriza um trabalho degradante. Além disso, há retenção de salários, os trabalhadores não recebem mensalmente. Havia ainda uma dificuldade adicional dos trabalhadores em poder sair, já que o local mais próximo fica a 12 quilômetros”, afirmou o auditor.

Nessa reunião, foi firmado um acordo com o proprietário da fazenda. Os trabalhadores receberão todos os direitos trabalhistas. No entanto, o dono da propriedade não quis conceder entrevista, apenas alegou que o serviço era legalizado. Ainda assim, a apuração do caso continua.
O Ministério Público do Trabalho, que também participou da operação, irá encaminhar um relatório para o Ministério Público Federal, que fará a investigação criminal.
Operários receberão todos os direitos trabalhistas, diz Ministério Público (Foto: reprodução/TV Integração)
Operários receberão todos os direitos trabalhistas, diz Ministério Público (Foto: Reprodução/TV Integração)http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2013/05/vitimas-de-trabalho-escravo-em-mg-receberao-direitos-trabalhistas-diz-mp.html

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