sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Menino morreu após trave malconservada de campo na praça cair e atingir sua cabeça


“Mãe, se eu tivesse corrido mais um pouco eu teria conseguido segurar a trave”. Como toda criança, o garoto Daniel de Oliveira, de 12 anos, pensou em ser o super-herói do menino Leonardo Luiz Esteves Marinho, 9 anos, morto após uma trave de futebol cair em cima de sua cabeça. Os dois brincavam, no início da noite do último sábado, na área de lazer conhecida como Praça do Skate, no Cesarão, em Santa Cruz, na Zona Oeste, quando a baliza desabou. Com eles ainda estava a irmã de Leonardo, Larissa, 6 anos. O episódio é mais um daqueles classificados como tragédia anunciada, já que os moradores da região vinham reclamando há pelo menos um ano da falta de estrutura do espaço.
— Eles estavam jogando bola, quando a bola bateu na trave, caindo em cima da cabeça do meu filho. A trave estava solta, apenas escorada numa rede de proteção — contou o polidor de automóveis Marcelo Soares da Silva, de 32 anos, pai da criança.
Leonardo Luiz Esteves Marinho, de 9 anos, que foi morto após a trave de futebol cair em cima de sua cabeça
Apesar de já ter se passado seis dias do ocorrido, a Prefeitura do Rio e seus representantes ainda não entraram em contato com os familiares da vítima. Na praça, nem mesmo o sangue do menino foi retirado da trave. Por aqueles lados, a única mudança foi a instalação de novas latas de lixo.
— Acho que é assim que a prefeitura nos vê, como lixo — protestou Célia Magalhães, 37 anos, tia materna de Leonardo.
Silvana e seus outros filhos: família destruída pela tragédia na praça

Na próxima semana, os pais do menino começam a conversar com advogados para ajuizar uma ação contra a negligência dos órgãos municipais na manutenção do espaço de lazer. Um documento obtido pelo EXTRA mostra que em março deste ano moradores do local enviaram uma reclamação à administração regional solicitando a revitalização da praça, localizada na Rua 51 do Cesarão. A despeito disso, nada foi feito.

A trave abandandonada na praça, em Santa Cruz
Em nota, a Comlurb informou que realizou uma vistoria no local, em agosto deste ano, e que não foi encontrada nenhuma irregularidade em relação à trave do campo de futebol. Na ocasião, outros serviços de melhoria foram feitos, como a colocação de dois assentos dos balanços.

http://extra.globo.com/noticias/rio/menino-morreu-apos-trave-malconservada-de-campo-na-praca-cair-atingir-sua-cabeca-10533372.html
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Acidente em brinquedo de feira nos EUA deixa cinco feridos

Segundo testemunhas, pessoas caíram quando brinquedo girava.
Investigação foi aberta para descobrir causas do acidente.

Seguranças fecham brinquedo 'Vortex' após acidente que deixou cinco feridos na noite desta quinta (24), nos EUA (Foto: AP)
Um acidente em um brinquedo de uma feira que ocorria na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, levou cinco pessoas ao hospital na noite desta quinta-feira (24). Uma falha no brinquedo "Vortex", que gira os passageiros de cabeça para baixo, deixou duas pessoas feridas com gravidade, segundo o porta-voz da feira, Brian Long. As outras três tiveram ferimentos menores.
Segundo a agência de noticias Associated Press, o acidente parece ter ocorrido no momento que o brinquedo começou a sua segunda volta.
A máquina passará por inspeção e uma investigação policial deve começar para tentar estabelecer as causas do acidente.
Segundo a rede de TV "WRAL", testemunhas disseram que várias pessoas foram jogadas para fora do brinquedo e algumas ficaram inconscientes. O porta-voz disse que a feira abriria nesta sexta normalmente.

SP: 1 operário morre e outro fica ferido em acidente em obras de Viracopos

Um operário de 19 anos morreu e outro ficou ferido após queda de um andaime na área de suporte às obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), nesta tarde de quinta-feira.
Canteiro de obras de ampliação de Viracopos foi palco de mais um acidente nesta quinta-feira Foto: Rose Mary de Souza / Especial para Terra
As vítimas foram levadas com vida ao Pronto Socorro do Jardim São José, bairro São José. Um deles teve parada cardíaca, não resistiu aos ferimentos e morreu. O outro teve fratura nas pernas e foi internado no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
Segundo assessoria da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos, os trabalhadores são de responsabilidade da empresa terceirizada Dormel Engenharia e realizavam trabalhos na rede elétrica. Eles caíram de uma plataforma elevatória de um caminhão guindaste.
A Aeroportos Brasil Viracopos está apurando as causas do acidente e conferindo se todos os procedimentos de seguranças foram tomados. Um auditor fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) esteve fotografando o local do acidentes e os equipamentos, e uma vistoria técnica deverá ser feita.
No final da tarde, a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos emitiu nota lamentando a morte do funcionário da empresa terceirizada e afirmando que os trabalhadores seguem os procedimentos de segurança e utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPI). “Por volta das 13h30, durante a execução dos serviços no pátio de estacionamento de ônibus, ocorreu um acidente envolvendo dois empregados da empresa Tormel Engenharia, especializada em instalações elétricas, contratada pelo Consórcio Construtor Viracopos – CCV”, disse a concessionária.
“A Aeroportos Brasil Viracopos e o Consórcio Construtor Viracopos lamentam o ocorrido e destacam que estão prestando todo o apoio às vítimas e às suas famílias”, afirma o comunicado.
Terceiro acidente e segunda morte
Esse é o terceiro acidente e o segundo com morte de operário no canteiro de obras de ampliação de Viracopos. Em 22 de março, houve um soterramento em uma escavação perto da torre de controle. Um operário morreu e outro saiu ferido. Em 30 de abril, uma estrutura de madeira cedeu e 14 funcionários ficaram feridos durante a concretagem de um pilar.

sábado, 19 de outubro de 2013

Acidente em empresa de Suzano mata operário, dizem bombeiros

Ele inalou um gás provocado por uma reação química no local. 
Outras 33 pessoas se sentiram mal e receberam atendimento médico.

Empresa fica no bairro do Raffo (Foto: Fernando Mancio/Tv Diário)
Um operário de 34 anos morreu em um acidente com produtos químicos em uma indústria química de Suzano (SP) nesta quinta-feira (12), conforme informou o Corpo de Bombeiros do município. O homem inalou um gás que teria sido provocado por uma reação química no local. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Segundo a Prefeitura, até as 15h pelo menos 59 pessoas eram atendidas no Pronto-Socorro municipal e foram mantidas em observação. 
De acordo com o sargento Clodoaldo Cardoso de Sá, que coordenou o trabalho de resgate no local, o acidente foi por volta das 9h30, na Rua Antônio da Surreição, na Chácara Nova Suzano, região do bairro do Raffo: "Assim que chegamos, nós encontramos a vítima já na parte externa da empresa. Ele estava em parada cardiorrespiratória. Fizemos os primeiros atendimentos e o encaminhamos ao Pronto-Socorro de Suzano. Mas, ele não resistiu e o médico constatou o óbito", detalhou o sargento.
Ainda segundo os bombeiros, além do operário outros 33 funcionários de uma empresa vizinha também se sentiram mal no momento do acidente. "Eles estavam com náuseas após terem inalado o produto", explica o Sargento Cardoso.
Por volta das 15h, a Prefeitura de Suzano informou que a diretoria do Pronto-Socorro disse que, além do rapaz que morreu, no total, 59 pessoas deram entrada no ambulatório com quadro de intoxicação. Eles permaneciam internados em observação.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Em protesto, manifestantes impedem entrada na Usina Santo Antônio

Protesto se refere às mortes ocorridas nas duas usinas do Rio Madeira.
BR-364 ficou interditada por cerca de três horas e causou congestionamento.

Manifestante fecharam acesso à usina com pedras, na manhã desta quinta-feira (Foto: Marcos Paulo/G1)
Trabalhadores das usinas hidrelétricas em construção no Rio Madeira, em Rondônia, realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (17) em frente à Usina Santo Antônio, em Porto Velho e impediram a entrada de funcionários e operários no local. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Porto Velho, a manifestação não está diretamente ligada ao acidente que causou uma explosão em uma turbina na quarta-feira (16), que deixou duas pessoas feridas.

A manifestação parou parte da BR-364, que ficou interditada no início da manhã. Altair Donizete Oliveira, presidente do sindicato, afirmou que a principal pauta dos manifestantes  se refere às mortes ocorridas nas duas usinas e às condições de trabalho dos operários. Desde que estão em construção foram registradas 24 mortes nos canteiros de obras das hidrelétricas, segundo Altair.
O protesto começou por volta das 5h30 e foi acompanhado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) que controlou o tráfego. Com um congestionamento de cerca de três quilômetros, alguns motoristas usaram o acesso pela contramão para evitar a fila de veículos.

G1 entrou em contato com o Consórcio Construtor da Usina Santo Antônio, mas nenhum representante foi encontrado. Já a Santo Antônio Energia informou que não tem conhecimento da pauta de reivindicações e, por conta do protesto, os funcionários foram dispensados. A Camargo Corrêa, Construtora Civil da Usina Jirau, disse que não irá se pronunciar. Por volta das 8h30 (horário local) os manifestantes começaram a liberar a rodovia.

Explosão é registrada na Usina de Santo Antônio, em Rondônia

Acidente ocorreu nesta quarta-feira, 16, na margem esquerda do Rio Madeira.
De acordo com consórcio construtor, não há registro de mortos ou feridos.

Com o celular, um operário registrou o incênico causado pela explosão em uma turbina da Usina Santo Antônio, em RO (Foto: Reprodução)
Uma explosão com princípio de incêndio ocorreu no canteiro de obras da Usina de Santo Antônio, em Porto Velho, no início da tarde desta quarta-feira (16). De acordo com informações do consórcio construtor, o acidente aconteceu no transformador auxiliar da máquina 18, na margem esquerda do Rio Madeira, que está em fase teste e nenhuma morte foi registrada.
A máquina 18 pertence ao grupo gerador 2, local onde vai funcionar 12 turbinas. Destas 12 turbinas, quatro estão em funcionamento. O motivo da explosão está sendo investigado.
Durante o incêndio houve muita fumaça e por isso a própria brigada de incêndio da usina foi acionada para conter o fogo. Os trabalhadores que estavam no local do acidente foram retirados e passaram por atendimento médico ainda no canteiro de obras.
Os trabalhadores terão que sair pela BR-319 e fazer a travessia da balsa para voltar a Porto Velho.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

IMAGENS FORTES: TRABALHADOR MORRE SERRADO AO MEIO EM MADEIREIRA

Um trágico acidente de trabalho aconteceu na tarde desta sexta-feira dia 19 de agosto no distrito de Paranorte, a 142 km de Juara.

Tudo aconteceu quando José Maia dos Anjos de 43 anos de idade fazia a limpeza em frente à “SERRA FITA” dentro do barracão da serraria Jaburu, quando escorregou.

No momento que José desequilibrou, ele tentou segurar-se em algo para manter o equilíbrio, e, acabou segurando no cabo da alavanca que faz a tora seguir para frente.    A tora veio violentamente contra José que foi empurrado contra a serra, que em segundos partiu ele ao meio, antes que alguém pudesse fazer algo.

Imediatamente todos os funcionários correram ao local e desligaram a energia da serraria, para parar a serra que continuava a cortar a vítima.
 
A cena chocou a todos que ainda tiveram que recolher os pedaços do colega de trabalho.

O cabo Araújo e o soldado Rocha foram até o local e  fizeram a coleta de dados para o registro do boletim de ocorrência de Acidente fatal de trabalho.    O corpo da vítima foi  trazido pelo gerente da empresa até o IML de Juara ainda na tarde desta sexta-feira por um veículo da serraria.
 


José que era casado, deixa esposa e três filhos.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Queda de marquise deixa um morto e sete feridos em Madureira, Rio

Entre os feridos estão dois bombeiros que prestavam assistência, diz PM.
Acidente foi em loja perto da quadra da escola de samba Império Serrano.

Marquise desabou em Madureira (Foto: Luiz Souza / Parceiro do RJ)
Um homem morreu e sete ficaram feridos na queda da marquise de uma loja na Estrada do Portela, número 23, em Madureira, Subúrbio do Rio, na altura da quadra da escola de samba Império Serrano. A informação é do Corpo de Bombeiros. Segundo testemunhas, o morto foi identificado por amigos como sendo o camelô Cristiano. De acordo com o subcomandante da Defesa Civil, Marcio Mota, quatro vítimas, todas mulheres, estão em estado grave.
De acordo com o serviço reservado do 9º BPM (Rocha Miranda), a queda da marquise da loja Citycol foi por volta das 20h. Nenhum responsável pelo estabelecimento foi encontrado para comentar o acidente.
Amigos do camelô morto no desabamento da marquise da loja Citycol, em Madureira, no Rio, chora (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Entre os feridos estão dois bombeiros que prestavam assistência e foram levados para o hospital da corporação. Um deles quebrou a perna e o outro sofreu escoriações, de acordo com policiais. Os feridos foram encaminhados para os hospitais Carlos Chagas, em Marechal Hermes; Albert Schweizer, em Realengo; e Salgado Filho, no Méier.
“Foi um acidente de trabalho, inerente à profissão. Pedaços de reboco caíram ao lado deles. Um teve uma suspeita de fratura na perna direita e o outro, escoriações”, explicou o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Hélio Lima.
A Polícia Civil realizou perícia no local. O caso foi registrado na 29ª DP (Madureira), responsável por investigar o desabamento.
Obras em loja
Segundo o subsecretário Marcio Mota, houve um colapso estrutural. A loja passava por obras, mas aparentemente a reforma acontecia apenas na área interna, e não incluiria a marquise. No local foram encontrados sacos de cimento, material de construção e capacetes usados por operários. A Defesa Civil apura se a obra era acompanhada por um engenheiro.
Pedreiro nelson bezerra trabalhava na obra da loja Citycol, Madureira, Rio (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Mota ressalta que não foi encontrada nenhuma placa, como é de praxe, com o nome do engenheiro responsável. “Toda obra tem que ter um engenheiro técnico e responsável. Se essa tinha, ele será responsabilizado. A prefeitura publicou uma lei de autovistoria. De 5 em 5 anos tem que ter autovistoria, e qualquer intervenção tem que ser feita por um profissional, além de ter a licença da prefeitura”, explicou Mota.
O pedreiro Nelson Bezerra, que trabalhava na obra, disse que havia um responsável pela reforma, no entanto, ele não soube dizer se era engenheiro. "A marquise ninguém mexeu. A obra era dentro da loja. Trabalhávamos pra entregar a obra na segunda-feira", disse.
Interdições no trânsito
Por volta das 22h, a Estrada do Portela estava interditada, na altura da quadra da Império Serrano. O desvio do tráfego acontecia pela Rua Carolina Machado, que estava em mão dupla. Dezenas de pessoas foram ao local do acidente para acompanhar os resgates e procurar por conhecidos.
Internauta registra desabamento de marquise da loja Citycol, em Madureira, no Subúrbio do Rio (Foto: Rodrigo Lucas Alves/ VC no G1)
Loja da Citycol antes da queda de marquise em Madureira, no Subúrbio (Foto: Reprodução/ Google Maps)
loja antes da queda da marquise.

terça-feira, 1 de outubro de 2013


Acidente em marmoraria mata um funcionário e deixa 3 feridos no Recife

Segundo Corpo de Bombeiros, pedras caíram em cima de trabalhadores.
Um rapaz de 20 anos morreu no local, em Setúbal, Zona Sul da capital.

Uma operação para descarregar pedras de mármore de um caminhão terminou em tragédia, na tarde desta segunda-feira (30), na Zona Sul do Recife. Quatro funcionários de uma marmoraria, localizada em Setúbal, foram atingidos pelas pedras durante o serviço e um deles, de 20 anos, morreu no local.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 15h, na Rua Jornalista Alfredo Porto Silveira. Um dos feridos está em atendimento no Hospital da Restauração (HR), na área central da capital. Segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, ele tem 34 anos e passa por exames na emergência. O estado de saúde ele é estável.
Outro trabalhador foi socorrido também para o HR em ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), informou a Secretaria Estadual de Saúde. O terceiro ferido no acidente foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul. Ainda não há informações sobre o estado de saúde deles.
veja o vídeo da reportagem!



segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Queima de fogos fere 25 pessoas em show da dupla Munhoz & Mariano

Show pirotécnico foi feito no Rodeio de Araçariguama, interior de SP.
Vítimas receberam dinheiro no hospital para a compra de remédios.

Aline Aparecida Cardoso perdeu cabelo e sofreu ferimentos (Foto: Adriana Perroni/TV Tem)
Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas durante o show da dupla Munhoz e Mariano que encerrou a edição 2013 do Rodeio deAraçariguama (SP) na noite deste domingo (29). Segundo testemunhas, fogos de artifício disparados quando a dupla começou o show atingiram parte do público.
Testemunhas contam que o show pirotécnico começou durante a música "A Pantera Cor de Rosa", quando a dupla subiu ao palco. "Quando eles entraram soltaram os fogos, só que os fogos não subiram e atingiram a gente. Meu amigo sofreu queimaduras de segundo grau no pescoço. Me acertou também, mas queimou apenas minha roupa. Foi um susto enorme", conta Robson José Pedroso, que enviou foto do amigo por meio do aplicativo TEM Você. Segundo ele, os feridos receberam da produção da dupla R$ 200 para a compra de medicamentos.
A organização da festa informou à reportagem da TV Tem que a responsabilidade pelos fogos foi da produção da dupla. A assessoria dos cantores informou que foram atendidas 25 pessoas, mas que 19 tiveram ferimentos leves. Ainda de acordo com a assessoria, o acidente ocorreu porque houve um problema numa parte dos fogos que é estourada no início do show. A produção da dupla informou ainda que foi dada toda a assistência para as vítimas.
Segundo a Polícia Militar, seis pessoas abriram um boletim de ocorrência por causa dos ferimentos que sofreram. O Corpo de Bombeiros de São Roque, que atende a região, não sabe precisar quantas pessoas ficaram feridas.
A espectadora Aline Aparecida Cardoso diz que teve um tufo de cabelo arrancado quando foi atingida pelos fogos de artifício. Ela conta que também sofreu queimaduras no braço. “Foi tudo muito rápido. Eles entraram no palco e soltaram os fogos, quando vi já estava em cima de mim. Na hora corri para pedir ajuda. Não consegui falar com ninguém da produção, foi a Polícia Militar quem me levou para o hospital”, conta .
A produção da dupla foi até o hospital, segundo Aline, para entregar R$150 para custear medicamentos que serão necessários. “Precisei tomar injeção para a dor, além de comprar pomadas para a queimadura do braço. O pior é que não sei se o meu cabelo vai voltar a crescer,” diz.
O rodeio foi realizado na Arena de Eventos, um dos mais tradicionais da região. A festa começou no dia 26 de setembro e terminou neste domingo (29).
Jovem que estava no show em Araçariguama sofreu queimadura no pescoço (Foto: Robson Pedroso/TEM Você)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Fiscais encontram escravos para obra da OAS no Aeroporto de Guarulhos

Ao todo, 111 migrantes do Maranhão, Sergipe, Bahia e Pernambuco foram submetidos a condições análogas à de escravidão de acordo com auditores do Ministério do Trabalho e Emprego e procuradores do Ministério Público do Trabalho. Eles foram contratados para trabalhar na ampliação do aeroporto mais movimentado da América Latina e passaram fome.
A OAS  declarou que “vem apurando e tomando todas as providências necessárias para atender às solicitações” do ministério. A construtora nega que as vítimas sejam seus empregados e afirma que “não teve qualquer participação no incidente relatado”. A reportagem é de Stefano Wrobleski, da Repórter Brasil:
Quando o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, começou a ser construído em 1980, a população do distrito de Cumbica, onde ele fica, cresceu vertiginosamente. Os novos habitantes, em sua maioria do Nordeste do Brasil, ali se estabeleceram para trabalhar pelos cinco anos seguintes nas obras do aeroporto. Mais de 30 anos depois, os bairros do distrito agora abrigam grande parte dos 4,5 mil funcionários da OAS, uma das maiores construtoras do país e a responsável pelas obras de ampliação do aeroporto mais movimentado da América Latina. Segundo fiscalização conduzida por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), são empregados dela também 111 homens resgatados de condições análogas às de escravos. Para garantir o pagamento de verbas rescisórias e indenizações, o MPT acionou a Justiça trabalhista, que determinou o bloqueio imediato de R$ 15 milhões da empresa.*
Aliciadas em quatro Estados do Nordeste – Maranhão, Sergipe, Bahia e Pernambuco –, as vítimas aguardavam ser chamadas para trabalhar alojadas em onze casas de Cumbica que estavam em condições degradantes. Além do aliciamento e da situação das moradias, também pesou para a caracterização de trabalho escravo o tráfico de pessoas e a servidão por dívida. A primeira denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil em Guarulhos ao MTE, que resgatou os primeiros trabalhadores no último dia 6 de setembro. Na ocasião, a fiscalização visitou três casas com um total de 77 pessoas que chegaram de Petrolândia, interior de Pernambuco, nos dias 13 de agosto e 1º de setembro. Cada uma havia pago entre R$ 300 e R$ 400 ao aliciador (“gato”) pela viagem e aluguel da casa, além de uma “taxa” de R$ 100 que seria destinada a um funcionário da OAS para “agilizar” a contratação. Eles iriam trabalhar como carpinteiros, pedreiros e armadores nas obras de ampliação do aeroporto de Guarulhos, que prometem aumentar a capacidade dele de 32 para 44 milhões de passageiros por ano até a Copa do Mundo de 2014.
Ficha de encaminhamento recebida pelas vítimas para contratação na OAS (Foto: Stefano Wrobleski)
Em um dos três alojamentos fiscalizados, 38 homens se espremiam na casa de dois andares com quatro quartos e dois banheiros. Devido à falta de espaço para todos, muitos dormiam na cozinha e até debaixo da escada. Quando o segundo grupo chegou, em 1º de setembro, alguns tiveram que passar duas noites em redes do lado de fora, na varanda, por falta de espaço no interior. Só então outra casa foi providenciada, mas em condições também degradantes. Os trabalhadores não tinham nenhum móvel à disposição e já haviam sido orientados a trazer seus colchões. Quem não trazia tinha que comprar um, dividir o espaço dos colchões dos demais ou dormir no chão enrolado em lençóis. Já a cozinha não tinha fogão ou geladeira e a comida era paga por eles mesmos com o pouco que haviam trazido de Petrolândia. A água faltava quase todo dia.
Os empregados haviam recebido a promessa de bons salários, registro em carteira e vales-refeição e transporte. Além disso, todos já tinham feito o exame médico exigido pela empresa e haviam apresentado os documentos necessários para contratação. Eles, no entanto, também tiveram que trazer as ferramentas necessárias para trabalhar. Além disso, ao chegar na empresa, ficaram sabendo que não poderiam apresentar os comprovantes de residência das suas cidades de origem porque esses deveriam ser de Guarulhos. Os migrantes, então, entregaram cópias de comprovantes das casas alugadas pelo “gato”, o que garantiria à OAS o não pagamento dos valores referentes ao alojamento, como o aluguel.
Cozinha de uma das casas: o fogão portátil comprado pelos trabalhadores ficava em cima de uma cadeira, ligado ao botijão de gás no pé do colchão de ar onde um deles dormia (Foto: Stefano Wrobleski)
A contratação de moradores do mesmo município é uma das exigências do “Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção”, do qual a OAS é signatária. Ele pode ser firmado voluntariamente pelas construtoras com o Governo Federal e se refere a obras específicas, escolhidas pelas empresas. Em caso de descumprimento, a única previsão que existe é a expulsão da empresa do rol de signatários do compromisso. José Lopez Feijóo, um dos principais articuladores do compromisso,disse à Repórter Brasil em 2012 acreditar que, com o acordo, “serão cumpridos direitos constitucionais que hoje praticamente ninguém exerce”. Uma das regras é que os empregadores devem “contratar, preferencialmente, trabalhadores oriundos do local de execução dos serviços ou do seu entorno”. Quando isso não é possível, a construtora deve informar ao Sistema Nacional de Emprego (Sine) detalhes sobre a obra e as vagas disponíveis para que o órgão federal supervisione a contratação. De acordo com um funcionário administrativo das obras da OAS no aeroporto de Guarulhos, o compromisso lá está “em fase de implantação”. No entanto, os trabalhadores declararam aos auditores do MTE não terem sido orientados pela empresa a buscar o Sine.
Grande parte das vítimas ouvidas pela reportagem já havia feito diversas viagens do tipo: em busca de dinheiro para completar a renda familiar, eles saem de suas cidades no Nordeste atraídos por ofertas de empregos temporários, em geral em grandes construções.
Um jovem de 21 anos resgatado pelo MTE nesta fiscalização disse que já havia ido trabalhar em outras quatro obras em diferentes Estados. Em uma delas, ele ficou impressionado com as condições de trabalho e com a qualidade dos alojamentos, que tinham “até quadra de futebol”. Apesar disso, a construtora informou antes da viagem que o funcionário teria que pagar pelo translado e que a carteira de trabalho seria assinada só quando ele chegasse: “Pelo menos eles [a empresa] foram sinceros”, conformou-se.
De acordo com a legislação trabalhista, as empresas que contratarem pessoas de cidades diferentes do local de trabalho são responsáveis pelo transporte e, além de garantir as condições do veículo e a integridade dos migrantes, devem também pagar pelo translado. Tudo isso deve ser registrado e informado ao MTE, o que nem sempre acontece. O primeiro grupo de trabalhadores da OAS que chegou de Petrolândia, em 13 de agosto, fez a viagem em ônibus precário: a chegada a Guarulhos foi atrasada em um dia porque o veículo quebrou quatro vezes. Em uma delas, o motorista teve que parar depois de ter sido alertado por um caminhoneiro que o motor do ônibus estava em chamas. Uma das vítimas contou à reportagem que o veículo estava com o câmbio quebrado e não engatava duas das marchas, o que não o impediu, contudo, de seguir viagem.
Outras casas - Depois do primeiro resgate, a notícia foi se espalhando por Cumbica. Denúncias chegaram ao sindicato, que informou ao MTE. Os auditores retornaram ao distrito nos dias 10 e 16 de setembro, quando fiscalizaram as condições dos empregados em outras oito casas. Todos se encontravam em condições semelhantes aos primeiros, de Petrolândia, e também esperavam o início dos trabalhos com documentos de contratação da OAS.
As 111 vítimas foram divididas em dois grupos que, em dias diferentes, foram à sede da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) em São Paulo para receber as verbas rescisórias e as guias de seguro-desemprego. A construtora concordou em pagar todas as verbas, mas não em firmar  um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Além do TAC, o órgão entrou com um pedido de liminar (ordem provisória) para assegurar o pagamento e conseguiu que a Justiça determinasse o bloqueio imediato de R$ 15 milhões da empresa.
Ao que tudo indica, o número de trabalhadores nessa condição pode ser ainda maior: durante os trabalhos do MTE para registrar o segundo grupo de trabalhadores, um representante do sindicato presente recebeu ligações denunciando pessoas na mesma condição dos 111 resgatados em ao menos outras duas casas de Cumbica. A OAS também deve responder por trabalho escravo na Justiça, em uma ação que será aberta pelo MPT em até 20 dias, segundo Christiane Vieira Nogueira, Procuradora do Trabalho que acompanha o caso. Uma das intenções do processo é assegurar os direitos de outras possíveis vítimas ainda não identificadas.
Em nota, a OAS declarou que “vem apurando e tomando todas as providências necessárias para atender às solicitações” do MTE. A construtora nega que as vítimas sejam seus empregados e afirma que “a empresa, nas pessoas dos seus representantes, não teve qualquer participação no incidente relatado”.
A construtora - Além de ser uma das maiores construtoras do Brasil, a OAS é também a terceira empresa que mais faz doações a candidatos de cargos políticos, segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo. Entre 2002 e 2012, a empreiteira doou R$ 146,6 milhões (valor corrigido pela inflação). A OAS é uma das quatro empresas que formam o consórcio Invepar que, junto com a Airports Company South Africa, detêm 51% da sociedade com a Infraero para a administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos através da GRU Airport. Para as obras de ampliação do aeroporto, onde foi flagrado trabalho escravo, o BNDES fez um empréstimo-ponte de R$1,2 bilhões.
Entre as vítimas, seis índios - Dos trabalhadores resgatados pelo MTE em Guarulhos, seis são indígenas da etnia Pankararu. O mais velho deles, de 43 anos, contou à Repórter Brasil que aceitou o emprego para complementar a renda de sua família, como faz há 23 anos, trabalhando provisoriamente como carpinteiro em obras pelo país, sempre voltando à sua aldeia ao final. Segundo ele, um dos contatos do aliciador dos migrantes de Pernambuco dentro da OAS também é Pankararu.
O MTE argumenta que o uso de mão de obra indígena resulta no desfavorecimento da relação de trabalho em razão de etnia, conforme a lei nº 9.029/95. Os auditores fiscais concordam com a visão da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de que os índios “são mais afetados pela pobreza severa e são, portanto, mais suscetíveis a serem vítimas do trabalho infantil, trabalho forçado, tráfico e outras violações de direitos humanos”.
Os Pankararu são bastante conhecidos em Petrolândia (PE), onde ficam suas aldeias. Como acontece com a maioria dos povos indígenas do nordeste brasileiro, o contato com brancos se dá desde os tempos da colônia, o que leva os índios a defender a delimitação legal de suas terras já no século 19, trazendo uma relação diferente da que tinham anteriormente, baseada na ancestralidade. Em 1940, o antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) fez a demarcação das terras sem, no entanto, homologá-las, o que só foi feito 47 anos depois, em 1987. Nesse período, os conflitos entre índios e posseiros, que já existiam, são intensificados nas regiões com solo mais fértil próximas às aldeias. Parte de uma reivindicação histórica, a terra indígena passa por um novo processo de demarcação em 1999, que aumenta sua área de 8 para 14 hectares. A área é homologada só em 2007.
Além dos conflitos fundiários, os Pankararu também foram vítimas da política energética nos anos 1950: a construção do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, alagou a cachoeira de mesmo nome, que os índios consideravam sagrada.
Na mesma década, iniciou-se um fluxo intenso de saída dos Pankararu, que perdurou até os anos 60. Eles viajavam para São Paulo aliciados por outros índios do mesmo povo para trabalhar em obras na cidade por curtos períodos nos anos de seca em Pernambuco ou em situações emergenciais. A partir da segunda geração de índios migrantes, os primeiros núcleos familiares começaram a se estabelecer na capital paulista, dando origem à favela do Real Parque, na zona sul, que conta hoje com aproximadamente 1,5 mil índios Pankararu, de acordo com o Instituto Socioambiental.
(* )Post atualizado às 18h40 desta quarta (25), para inclusão de informação referente ao pagamento das verbas rescisórias pela empresa.

Após 30 horas, bombeiros preveem mais um dia para combater fumaça

Equipes já utilizaram 200 mil litros de água para tentar conter o incêndio.
Pelo menos 121 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação.

Moradores com máscaras observam fumaça em São Francisco do Sul (Foto: Emanuel Soares/CBN)
A fumaça que encobre o céu de São Francisco do Sul, na região Norte de Santa Catarina, dura mais de 30 horas. Segundo o Corpo de Bombeiros, a previsão é que a fumaça seja controlada em até pelo menos mais um dia, o que deve ocorrer na sexta-feira (27). Até a manhã desta quinta (26), as equipes haviam utilizado cerca de 200 mil litros de água para tentar conter as chamas no armazém de fertilizantes, mas o incêndio químico continua.
O armazém de fertilizantes pegou fogo no final da noite desta terça-feira (24) na BR-280, em São Francisco do Sul, e moradores de pelo menos seis bairros precisaram deixar as casas. Segundo os Bombeiros Voluntários, o incêndio começou por volta das 23h, resultando em uma fumaça alaranjada que, se inalada, causa irritação nas mucosas.
No local, há 10 mil toneladas do material. O material está sendo retirado e transportado por caminhões da prefeitura para um pátio. "A gente continua inundando aquela quantidade de material com água para garantir que a temperatura fique baixa. O objetivo é chegar no ponto central do incêndio. Aí, nós vamos introduzir uma mangueira com um tipo de esguicho metálico dentro da estrutura para inundar internamente, baixando a temperatura e extinguindo de forma definitiva o incêndio. O problema ainda é a grande produção de fumaça", explicou o coronel Marcos de Oliveira, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, a fumaça é considerada tóxica e, por isso, a região próxima ao local precisou ser evacuada. Cerca de 800 pessoas foram para abrigos ou casas de parentes e amigos. Pelo menos 121 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação.
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Francisco do Sul construiu uma piscina de, aproximadamente, 100 metros de comprimento e 44 metros de largura para colocar toda a água utilizada no processo de resfriamento e que é retirada do local.
Situação de emergência
Na tarde de quarta (25), Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina, decretou situação de emergência no município do Norte catarinense em função do incêndio na carga de fertilizante. Segundo os bombeiros, as causas do incêndio ainda são desconhecidas e serão apuradas assim que a fumaça for controlada, por meio de uma perícia.
Fumaça em outros estados
A meteorologista Josélia Pegorim, do Clima Tempo, destacou que há um ciclone extratopical ao longo da costa Sul-Sudeste do Brasil, que está provocando ventos fortes na direção Sudoeste-Sul. “Essa direção de ventos é favorável a levar a fumaça em direção ao litoral do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A previsão é que essa direção de ventos permaneça por pelo menos 24 horas. Como há ventos de até forte intensidade, a fumaça se dispersa, um pouco. A fumaça pode chegar a essas regiões, mas não com a concentração que está em Santa Catarina”, explica a meteorologista.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Armazém de fertilizantes explode e deixa mais de 100 pessoas intoxicadas em SC

Governo diz que fumaça de incêndio não é tóxica; especialista diverge

Incêndio atingiu armazém de nitrato de amônio em São Francisco do Sul.
Doutor em Química diz que reação gerada pelos componentes é tóxica.

Bombeiros do norte de Santa Catarina tentam controlar um incêndio de grandes proporções em um armazém de produtos químicos, em São Francisco do Sul
O governo do estado de Santa Catarina divulgou no início da tarde desta quarta-feira (25) nota onde afirma que o incêndio em um depósito com carga de fertilizante à base de nitrato de amônio, na região do Porto de São Francisco do Sul, no Litoral Norte, não é tóxico. A nota informou que, de acordo com o Código Internacional de Produtos Perigosos da ONU, a substância é oxidante e não tóxica. Durante toda a manhã, porém, bombeiros informaram que a fumaça causada por este incêndio, por causa da substância queimada, seria tóxica.
Ao G1, o professor Nito Angelo Debacher, doutor em Química e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), disse que o nitrato de amônia ao entrar em contato com o calor gera gás amônia, que é tóxico. "Se tem amônia no gás, com certeza é tóxico. A fumaça estava muito densa. Eu não recomendaria ninguém a respirar aquilo", disse ele, contrariando a afirmação do governo de que a fumaça não é tóxica.
A supervisora do Centro de Informações Toxicológicas, Marlene Zannin, explica que a população deve permanecer calma e atenta aos sintomas. Segundo ela, a dispersão das substâncias geradas pela queima do nitrato de amônio, como nitrato de amônia, diafosfato de amônia e cloreto de potássio, provoca tosse, pele avermelhada, olhos lacrimejantes e doloridos, além de congestionamento das vias orais.
Pelo menos 105 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação no Hospital Nossa Senhora das Graças, em São Francisco do Sul, nenhuma em estado grave. Elas foram atendidas e apenas uma continuava em observação até as 13h50.
Consultado pelo G1, o otorrinolaringologista Gladson Porto Barreto, esclareceu que a fumaça causa irritação na mucosa. "Se for inalada em quantidade, a fumaça causa queimaduras e irritação. A intoxicação pode causar insuficiência respiratória", explicou o médico. Não podendo evitar o contato com a fumaça, a orientação é a utilização de máscaras.
Segundo o major Losso, do Corpo de Bombeiros, a informação inicial era de que a substância era nitrato de potássio, porém, ao checar os documentos da empresa, os bombeiros descobriram que a substância na verdade era nitrato de amônio. "Conferimos os documentos do importador e percebemos que era nitrato de amônio. A fumaça não é tóxica, mas causa intoxicação se for inalada em grandes quantidades", esclarece.
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram deslocados para o local 70 bombeiros militares e voluntários, seis tanques com 10 mil litros de água. Incêndio começou por volta das 23h de terça-feira (24) na BR-280.
Quem mora nas proximidades, segundo o coronel Oliveira, deve evitar o contato com a fumaça. "Não é necessário esvaziar a cidade, mas aconselhamos a população que vive próximo do incêndio deixar suas casas", orientou o Coronel.
O local e bairros circunvizinhos (Iperoba, Reta, Rocio Pequeno e Sandra Regina) precisaram ser evacuados por causa da fumaça. Paulo Roberto é um dos mais de 42 mil habitantes que teve a rotina afetada pelo incidente. Sua casa fica cerca de 2 km do armazém. O morador e sua família foram no início da manhã desta quarta (25) para Joinville, a 22 km de distância, onde vai ficar na casa de parentes até que "as chamas sejam controladas". Já o morador David Feliciano da Silva, de 21 anos, foi para Araquari, a 16 km de São Francisco do Sul.
Segundo informações passadas pelo Governo, cerca de 150 famílias foram retiradas das casas e levadas para a Escola Estadual Professora Claurinice Vieira Caldeira Forte. As famílias das localidades atingidas pela fumaça foram levadas para dois abrigos: no Colégio Estadual Santa Catarina e na sede do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
Ventos
Segundo o meteorologista Leandro Puchalski, pela localização do fogo, a fumaça deve ir no sentido do mar e acabará passando pelas praias da cidade. O vento na região de São Francisco do Sul é na direção Oeste/Sudeste.

Fotos: armazém pega fogo e fumaça atinge São Francisco do Sul