segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Queima de fogos fere 25 pessoas em show da dupla Munhoz & Mariano

Show pirotécnico foi feito no Rodeio de Araçariguama, interior de SP.
Vítimas receberam dinheiro no hospital para a compra de remédios.

Aline Aparecida Cardoso perdeu cabelo e sofreu ferimentos (Foto: Adriana Perroni/TV Tem)
Pelo menos 25 pessoas ficaram feridas durante o show da dupla Munhoz e Mariano que encerrou a edição 2013 do Rodeio deAraçariguama (SP) na noite deste domingo (29). Segundo testemunhas, fogos de artifício disparados quando a dupla começou o show atingiram parte do público.
Testemunhas contam que o show pirotécnico começou durante a música "A Pantera Cor de Rosa", quando a dupla subiu ao palco. "Quando eles entraram soltaram os fogos, só que os fogos não subiram e atingiram a gente. Meu amigo sofreu queimaduras de segundo grau no pescoço. Me acertou também, mas queimou apenas minha roupa. Foi um susto enorme", conta Robson José Pedroso, que enviou foto do amigo por meio do aplicativo TEM Você. Segundo ele, os feridos receberam da produção da dupla R$ 200 para a compra de medicamentos.
A organização da festa informou à reportagem da TV Tem que a responsabilidade pelos fogos foi da produção da dupla. A assessoria dos cantores informou que foram atendidas 25 pessoas, mas que 19 tiveram ferimentos leves. Ainda de acordo com a assessoria, o acidente ocorreu porque houve um problema numa parte dos fogos que é estourada no início do show. A produção da dupla informou ainda que foi dada toda a assistência para as vítimas.
Segundo a Polícia Militar, seis pessoas abriram um boletim de ocorrência por causa dos ferimentos que sofreram. O Corpo de Bombeiros de São Roque, que atende a região, não sabe precisar quantas pessoas ficaram feridas.
A espectadora Aline Aparecida Cardoso diz que teve um tufo de cabelo arrancado quando foi atingida pelos fogos de artifício. Ela conta que também sofreu queimaduras no braço. “Foi tudo muito rápido. Eles entraram no palco e soltaram os fogos, quando vi já estava em cima de mim. Na hora corri para pedir ajuda. Não consegui falar com ninguém da produção, foi a Polícia Militar quem me levou para o hospital”, conta .
A produção da dupla foi até o hospital, segundo Aline, para entregar R$150 para custear medicamentos que serão necessários. “Precisei tomar injeção para a dor, além de comprar pomadas para a queimadura do braço. O pior é que não sei se o meu cabelo vai voltar a crescer,” diz.
O rodeio foi realizado na Arena de Eventos, um dos mais tradicionais da região. A festa começou no dia 26 de setembro e terminou neste domingo (29).
Jovem que estava no show em Araçariguama sofreu queimadura no pescoço (Foto: Robson Pedroso/TEM Você)

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Fiscais encontram escravos para obra da OAS no Aeroporto de Guarulhos

Ao todo, 111 migrantes do Maranhão, Sergipe, Bahia e Pernambuco foram submetidos a condições análogas à de escravidão de acordo com auditores do Ministério do Trabalho e Emprego e procuradores do Ministério Público do Trabalho. Eles foram contratados para trabalhar na ampliação do aeroporto mais movimentado da América Latina e passaram fome.
A OAS  declarou que “vem apurando e tomando todas as providências necessárias para atender às solicitações” do ministério. A construtora nega que as vítimas sejam seus empregados e afirma que “não teve qualquer participação no incidente relatado”. A reportagem é de Stefano Wrobleski, da Repórter Brasil:
Quando o Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, começou a ser construído em 1980, a população do distrito de Cumbica, onde ele fica, cresceu vertiginosamente. Os novos habitantes, em sua maioria do Nordeste do Brasil, ali se estabeleceram para trabalhar pelos cinco anos seguintes nas obras do aeroporto. Mais de 30 anos depois, os bairros do distrito agora abrigam grande parte dos 4,5 mil funcionários da OAS, uma das maiores construtoras do país e a responsável pelas obras de ampliação do aeroporto mais movimentado da América Latina. Segundo fiscalização conduzida por auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), são empregados dela também 111 homens resgatados de condições análogas às de escravos. Para garantir o pagamento de verbas rescisórias e indenizações, o MPT acionou a Justiça trabalhista, que determinou o bloqueio imediato de R$ 15 milhões da empresa.*
Aliciadas em quatro Estados do Nordeste – Maranhão, Sergipe, Bahia e Pernambuco –, as vítimas aguardavam ser chamadas para trabalhar alojadas em onze casas de Cumbica que estavam em condições degradantes. Além do aliciamento e da situação das moradias, também pesou para a caracterização de trabalho escravo o tráfico de pessoas e a servidão por dívida. A primeira denúncia foi feita pelo Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil em Guarulhos ao MTE, que resgatou os primeiros trabalhadores no último dia 6 de setembro. Na ocasião, a fiscalização visitou três casas com um total de 77 pessoas que chegaram de Petrolândia, interior de Pernambuco, nos dias 13 de agosto e 1º de setembro. Cada uma havia pago entre R$ 300 e R$ 400 ao aliciador (“gato”) pela viagem e aluguel da casa, além de uma “taxa” de R$ 100 que seria destinada a um funcionário da OAS para “agilizar” a contratação. Eles iriam trabalhar como carpinteiros, pedreiros e armadores nas obras de ampliação do aeroporto de Guarulhos, que prometem aumentar a capacidade dele de 32 para 44 milhões de passageiros por ano até a Copa do Mundo de 2014.
Ficha de encaminhamento recebida pelas vítimas para contratação na OAS (Foto: Stefano Wrobleski)
Em um dos três alojamentos fiscalizados, 38 homens se espremiam na casa de dois andares com quatro quartos e dois banheiros. Devido à falta de espaço para todos, muitos dormiam na cozinha e até debaixo da escada. Quando o segundo grupo chegou, em 1º de setembro, alguns tiveram que passar duas noites em redes do lado de fora, na varanda, por falta de espaço no interior. Só então outra casa foi providenciada, mas em condições também degradantes. Os trabalhadores não tinham nenhum móvel à disposição e já haviam sido orientados a trazer seus colchões. Quem não trazia tinha que comprar um, dividir o espaço dos colchões dos demais ou dormir no chão enrolado em lençóis. Já a cozinha não tinha fogão ou geladeira e a comida era paga por eles mesmos com o pouco que haviam trazido de Petrolândia. A água faltava quase todo dia.
Os empregados haviam recebido a promessa de bons salários, registro em carteira e vales-refeição e transporte. Além disso, todos já tinham feito o exame médico exigido pela empresa e haviam apresentado os documentos necessários para contratação. Eles, no entanto, também tiveram que trazer as ferramentas necessárias para trabalhar. Além disso, ao chegar na empresa, ficaram sabendo que não poderiam apresentar os comprovantes de residência das suas cidades de origem porque esses deveriam ser de Guarulhos. Os migrantes, então, entregaram cópias de comprovantes das casas alugadas pelo “gato”, o que garantiria à OAS o não pagamento dos valores referentes ao alojamento, como o aluguel.
Cozinha de uma das casas: o fogão portátil comprado pelos trabalhadores ficava em cima de uma cadeira, ligado ao botijão de gás no pé do colchão de ar onde um deles dormia (Foto: Stefano Wrobleski)
A contratação de moradores do mesmo município é uma das exigências do “Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção”, do qual a OAS é signatária. Ele pode ser firmado voluntariamente pelas construtoras com o Governo Federal e se refere a obras específicas, escolhidas pelas empresas. Em caso de descumprimento, a única previsão que existe é a expulsão da empresa do rol de signatários do compromisso. José Lopez Feijóo, um dos principais articuladores do compromisso,disse à Repórter Brasil em 2012 acreditar que, com o acordo, “serão cumpridos direitos constitucionais que hoje praticamente ninguém exerce”. Uma das regras é que os empregadores devem “contratar, preferencialmente, trabalhadores oriundos do local de execução dos serviços ou do seu entorno”. Quando isso não é possível, a construtora deve informar ao Sistema Nacional de Emprego (Sine) detalhes sobre a obra e as vagas disponíveis para que o órgão federal supervisione a contratação. De acordo com um funcionário administrativo das obras da OAS no aeroporto de Guarulhos, o compromisso lá está “em fase de implantação”. No entanto, os trabalhadores declararam aos auditores do MTE não terem sido orientados pela empresa a buscar o Sine.
Grande parte das vítimas ouvidas pela reportagem já havia feito diversas viagens do tipo: em busca de dinheiro para completar a renda familiar, eles saem de suas cidades no Nordeste atraídos por ofertas de empregos temporários, em geral em grandes construções.
Um jovem de 21 anos resgatado pelo MTE nesta fiscalização disse que já havia ido trabalhar em outras quatro obras em diferentes Estados. Em uma delas, ele ficou impressionado com as condições de trabalho e com a qualidade dos alojamentos, que tinham “até quadra de futebol”. Apesar disso, a construtora informou antes da viagem que o funcionário teria que pagar pelo translado e que a carteira de trabalho seria assinada só quando ele chegasse: “Pelo menos eles [a empresa] foram sinceros”, conformou-se.
De acordo com a legislação trabalhista, as empresas que contratarem pessoas de cidades diferentes do local de trabalho são responsáveis pelo transporte e, além de garantir as condições do veículo e a integridade dos migrantes, devem também pagar pelo translado. Tudo isso deve ser registrado e informado ao MTE, o que nem sempre acontece. O primeiro grupo de trabalhadores da OAS que chegou de Petrolândia, em 13 de agosto, fez a viagem em ônibus precário: a chegada a Guarulhos foi atrasada em um dia porque o veículo quebrou quatro vezes. Em uma delas, o motorista teve que parar depois de ter sido alertado por um caminhoneiro que o motor do ônibus estava em chamas. Uma das vítimas contou à reportagem que o veículo estava com o câmbio quebrado e não engatava duas das marchas, o que não o impediu, contudo, de seguir viagem.
Outras casas - Depois do primeiro resgate, a notícia foi se espalhando por Cumbica. Denúncias chegaram ao sindicato, que informou ao MTE. Os auditores retornaram ao distrito nos dias 10 e 16 de setembro, quando fiscalizaram as condições dos empregados em outras oito casas. Todos se encontravam em condições semelhantes aos primeiros, de Petrolândia, e também esperavam o início dos trabalhos com documentos de contratação da OAS.
As 111 vítimas foram divididas em dois grupos que, em dias diferentes, foram à sede da Superintendência Regional do Trabalho (SRTE) em São Paulo para receber as verbas rescisórias e as guias de seguro-desemprego. A construtora concordou em pagar todas as verbas, mas não em firmar  um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT). Além do TAC, o órgão entrou com um pedido de liminar (ordem provisória) para assegurar o pagamento e conseguiu que a Justiça determinasse o bloqueio imediato de R$ 15 milhões da empresa.
Ao que tudo indica, o número de trabalhadores nessa condição pode ser ainda maior: durante os trabalhos do MTE para registrar o segundo grupo de trabalhadores, um representante do sindicato presente recebeu ligações denunciando pessoas na mesma condição dos 111 resgatados em ao menos outras duas casas de Cumbica. A OAS também deve responder por trabalho escravo na Justiça, em uma ação que será aberta pelo MPT em até 20 dias, segundo Christiane Vieira Nogueira, Procuradora do Trabalho que acompanha o caso. Uma das intenções do processo é assegurar os direitos de outras possíveis vítimas ainda não identificadas.
Em nota, a OAS declarou que “vem apurando e tomando todas as providências necessárias para atender às solicitações” do MTE. A construtora nega que as vítimas sejam seus empregados e afirma que “a empresa, nas pessoas dos seus representantes, não teve qualquer participação no incidente relatado”.
A construtora - Além de ser uma das maiores construtoras do Brasil, a OAS é também a terceira empresa que mais faz doações a candidatos de cargos políticos, segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo. Entre 2002 e 2012, a empreiteira doou R$ 146,6 milhões (valor corrigido pela inflação). A OAS é uma das quatro empresas que formam o consórcio Invepar que, junto com a Airports Company South Africa, detêm 51% da sociedade com a Infraero para a administração do Aeroporto Internacional de Guarulhos através da GRU Airport. Para as obras de ampliação do aeroporto, onde foi flagrado trabalho escravo, o BNDES fez um empréstimo-ponte de R$1,2 bilhões.
Entre as vítimas, seis índios - Dos trabalhadores resgatados pelo MTE em Guarulhos, seis são indígenas da etnia Pankararu. O mais velho deles, de 43 anos, contou à Repórter Brasil que aceitou o emprego para complementar a renda de sua família, como faz há 23 anos, trabalhando provisoriamente como carpinteiro em obras pelo país, sempre voltando à sua aldeia ao final. Segundo ele, um dos contatos do aliciador dos migrantes de Pernambuco dentro da OAS também é Pankararu.
O MTE argumenta que o uso de mão de obra indígena resulta no desfavorecimento da relação de trabalho em razão de etnia, conforme a lei nº 9.029/95. Os auditores fiscais concordam com a visão da Organização Internacional do Trabalho (OIT), de que os índios “são mais afetados pela pobreza severa e são, portanto, mais suscetíveis a serem vítimas do trabalho infantil, trabalho forçado, tráfico e outras violações de direitos humanos”.
Os Pankararu são bastante conhecidos em Petrolândia (PE), onde ficam suas aldeias. Como acontece com a maioria dos povos indígenas do nordeste brasileiro, o contato com brancos se dá desde os tempos da colônia, o que leva os índios a defender a delimitação legal de suas terras já no século 19, trazendo uma relação diferente da que tinham anteriormente, baseada na ancestralidade. Em 1940, o antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI) fez a demarcação das terras sem, no entanto, homologá-las, o que só foi feito 47 anos depois, em 1987. Nesse período, os conflitos entre índios e posseiros, que já existiam, são intensificados nas regiões com solo mais fértil próximas às aldeias. Parte de uma reivindicação histórica, a terra indígena passa por um novo processo de demarcação em 1999, que aumenta sua área de 8 para 14 hectares. A área é homologada só em 2007.
Além dos conflitos fundiários, os Pankararu também foram vítimas da política energética nos anos 1950: a construção do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, alagou a cachoeira de mesmo nome, que os índios consideravam sagrada.
Na mesma década, iniciou-se um fluxo intenso de saída dos Pankararu, que perdurou até os anos 60. Eles viajavam para São Paulo aliciados por outros índios do mesmo povo para trabalhar em obras na cidade por curtos períodos nos anos de seca em Pernambuco ou em situações emergenciais. A partir da segunda geração de índios migrantes, os primeiros núcleos familiares começaram a se estabelecer na capital paulista, dando origem à favela do Real Parque, na zona sul, que conta hoje com aproximadamente 1,5 mil índios Pankararu, de acordo com o Instituto Socioambiental.
(* )Post atualizado às 18h40 desta quarta (25), para inclusão de informação referente ao pagamento das verbas rescisórias pela empresa.

Após 30 horas, bombeiros preveem mais um dia para combater fumaça

Equipes já utilizaram 200 mil litros de água para tentar conter o incêndio.
Pelo menos 121 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação.

Moradores com máscaras observam fumaça em São Francisco do Sul (Foto: Emanuel Soares/CBN)
A fumaça que encobre o céu de São Francisco do Sul, na região Norte de Santa Catarina, dura mais de 30 horas. Segundo o Corpo de Bombeiros, a previsão é que a fumaça seja controlada em até pelo menos mais um dia, o que deve ocorrer na sexta-feira (27). Até a manhã desta quinta (26), as equipes haviam utilizado cerca de 200 mil litros de água para tentar conter as chamas no armazém de fertilizantes, mas o incêndio químico continua.
O armazém de fertilizantes pegou fogo no final da noite desta terça-feira (24) na BR-280, em São Francisco do Sul, e moradores de pelo menos seis bairros precisaram deixar as casas. Segundo os Bombeiros Voluntários, o incêndio começou por volta das 23h, resultando em uma fumaça alaranjada que, se inalada, causa irritação nas mucosas.
No local, há 10 mil toneladas do material. O material está sendo retirado e transportado por caminhões da prefeitura para um pátio. "A gente continua inundando aquela quantidade de material com água para garantir que a temperatura fique baixa. O objetivo é chegar no ponto central do incêndio. Aí, nós vamos introduzir uma mangueira com um tipo de esguicho metálico dentro da estrutura para inundar internamente, baixando a temperatura e extinguindo de forma definitiva o incêndio. O problema ainda é a grande produção de fumaça", explicou o coronel Marcos de Oliveira, comandante-geral do Corpo de Bombeiros.
De acordo com o secretário de Estado da Defesa Civil, Milton Hobus, a fumaça é considerada tóxica e, por isso, a região próxima ao local precisou ser evacuada. Cerca de 800 pessoas foram para abrigos ou casas de parentes e amigos. Pelo menos 121 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação.
Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Francisco do Sul construiu uma piscina de, aproximadamente, 100 metros de comprimento e 44 metros de largura para colocar toda a água utilizada no processo de resfriamento e que é retirada do local.
Situação de emergência
Na tarde de quarta (25), Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina, decretou situação de emergência no município do Norte catarinense em função do incêndio na carga de fertilizante. Segundo os bombeiros, as causas do incêndio ainda são desconhecidas e serão apuradas assim que a fumaça for controlada, por meio de uma perícia.
Fumaça em outros estados
A meteorologista Josélia Pegorim, do Clima Tempo, destacou que há um ciclone extratopical ao longo da costa Sul-Sudeste do Brasil, que está provocando ventos fortes na direção Sudoeste-Sul. “Essa direção de ventos é favorável a levar a fumaça em direção ao litoral do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. A previsão é que essa direção de ventos permaneça por pelo menos 24 horas. Como há ventos de até forte intensidade, a fumaça se dispersa, um pouco. A fumaça pode chegar a essas regiões, mas não com a concentração que está em Santa Catarina”, explica a meteorologista.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Armazém de fertilizantes explode e deixa mais de 100 pessoas intoxicadas em SC

Governo diz que fumaça de incêndio não é tóxica; especialista diverge

Incêndio atingiu armazém de nitrato de amônio em São Francisco do Sul.
Doutor em Química diz que reação gerada pelos componentes é tóxica.

Bombeiros do norte de Santa Catarina tentam controlar um incêndio de grandes proporções em um armazém de produtos químicos, em São Francisco do Sul
O governo do estado de Santa Catarina divulgou no início da tarde desta quarta-feira (25) nota onde afirma que o incêndio em um depósito com carga de fertilizante à base de nitrato de amônio, na região do Porto de São Francisco do Sul, no Litoral Norte, não é tóxico. A nota informou que, de acordo com o Código Internacional de Produtos Perigosos da ONU, a substância é oxidante e não tóxica. Durante toda a manhã, porém, bombeiros informaram que a fumaça causada por este incêndio, por causa da substância queimada, seria tóxica.
Ao G1, o professor Nito Angelo Debacher, doutor em Química e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), disse que o nitrato de amônia ao entrar em contato com o calor gera gás amônia, que é tóxico. "Se tem amônia no gás, com certeza é tóxico. A fumaça estava muito densa. Eu não recomendaria ninguém a respirar aquilo", disse ele, contrariando a afirmação do governo de que a fumaça não é tóxica.
A supervisora do Centro de Informações Toxicológicas, Marlene Zannin, explica que a população deve permanecer calma e atenta aos sintomas. Segundo ela, a dispersão das substâncias geradas pela queima do nitrato de amônio, como nitrato de amônia, diafosfato de amônia e cloreto de potássio, provoca tosse, pele avermelhada, olhos lacrimejantes e doloridos, além de congestionamento das vias orais.
Pelo menos 105 pessoas foram atendidas com sintomas de intoxicação no Hospital Nossa Senhora das Graças, em São Francisco do Sul, nenhuma em estado grave. Elas foram atendidas e apenas uma continuava em observação até as 13h50.
Consultado pelo G1, o otorrinolaringologista Gladson Porto Barreto, esclareceu que a fumaça causa irritação na mucosa. "Se for inalada em quantidade, a fumaça causa queimaduras e irritação. A intoxicação pode causar insuficiência respiratória", explicou o médico. Não podendo evitar o contato com a fumaça, a orientação é a utilização de máscaras.
Segundo o major Losso, do Corpo de Bombeiros, a informação inicial era de que a substância era nitrato de potássio, porém, ao checar os documentos da empresa, os bombeiros descobriram que a substância na verdade era nitrato de amônio. "Conferimos os documentos do importador e percebemos que era nitrato de amônio. A fumaça não é tóxica, mas causa intoxicação se for inalada em grandes quantidades", esclarece.
Segundo o Corpo de Bombeiros, foram deslocados para o local 70 bombeiros militares e voluntários, seis tanques com 10 mil litros de água. Incêndio começou por volta das 23h de terça-feira (24) na BR-280.
Quem mora nas proximidades, segundo o coronel Oliveira, deve evitar o contato com a fumaça. "Não é necessário esvaziar a cidade, mas aconselhamos a população que vive próximo do incêndio deixar suas casas", orientou o Coronel.
O local e bairros circunvizinhos (Iperoba, Reta, Rocio Pequeno e Sandra Regina) precisaram ser evacuados por causa da fumaça. Paulo Roberto é um dos mais de 42 mil habitantes que teve a rotina afetada pelo incidente. Sua casa fica cerca de 2 km do armazém. O morador e sua família foram no início da manhã desta quarta (25) para Joinville, a 22 km de distância, onde vai ficar na casa de parentes até que "as chamas sejam controladas". Já o morador David Feliciano da Silva, de 21 anos, foi para Araquari, a 16 km de São Francisco do Sul.
Segundo informações passadas pelo Governo, cerca de 150 famílias foram retiradas das casas e levadas para a Escola Estadual Professora Claurinice Vieira Caldeira Forte. As famílias das localidades atingidas pela fumaça foram levadas para dois abrigos: no Colégio Estadual Santa Catarina e na sede do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS).
Ventos
Segundo o meteorologista Leandro Puchalski, pela localização do fogo, a fumaça deve ir no sentido do mar e acabará passando pelas praias da cidade. O vento na região de São Francisco do Sul é na direção Oeste/Sudeste.

Fotos: armazém pega fogo e fumaça atinge São Francisco do Sul

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Operador de máquina sofre acidente e morre em Iguatu

O operador de uma máquina retroescavadeira morreu enquanto trabalhava num terreno baldio, no bairro Fomento, no final da tarde desta sexta-feira (23), por volta das 16h30, em Iguatu.

A vítima, identificada por Francisco Ricardo Ferreira, de 51 anos, estava fazendo um trabalho de terraplenagem para a Secretaria Executiva do município, quando o equipamento acabou deslizando em um barranco de cerca de quatro metros de altura.No tombo, ele foi jogado ao chão, tendo parte da cabeça esmagada.

Policiais do Ronda do Quarteirão e o Corpo de Bombeiros estiveram no local e acionaram o rabecão do IML, que conduziu o corpo para o Instituto de Perícia Forense de Iguatu.


http://www.iguatunoticias.com/2013/08/operador-de-maquina-sofre-acidente-e.html

Operador de maquina sofre acidente de trabalho e quase morre esmagado

Um operador de máquinas ficou preso dentro da cabine de uma retroescavadeira, após ser prensado por uma prancha de madeira que seria usada na construção de uma ponte. O operário estava desmanchando a ponte do córrego Lajinha, a 12 km de Barra do Garças, na tarde desta segunda-feira (16), quando o acidente aconteceu. Os bombeiros foram acionados para efetuar o resgate e tiveram muito trabalho porque havia o risco da madeira esmagar o operador.  
Segundo informações levantadas pela reportagem, Tiago começou estava em seu primeiro dia de trabalho na empresa, e deu azar de sofrer esse acidente.
O resgate mobilizou até mesmo uma caminhão-guincho e os bombeiros usaram um alicate hidráulico para cortar a cabine da máquina. O operador, identificado como Tiago, conseguiu sair entre os vidros da cabine, após os bombeiros usarem outra madeira como alavanca para levantar a prancha que estava em cima do trabalhador. 
O trabalhador foi encaminhado ao Pronto Socorro de Barra do Garças com suspeita de fratura na perna direita e escoriações no abdômen e nas costas. 
As fotos do resgate cedidas pela equipe da TV Serra Azul mostram como foi difícil o serviço dos bombeiros. 
A obra da ponte do córrego Lajinha, executada pela Trimec, consiste em seu desmonte para dar lugar ao sistema de bueiro de concreto que faz parte do serviço de pavimentação da rodovia MT 100, que liga Barra do Garças a Araguaiana.  
A MT 100 também está sendo asfaltada de Pontal do Araguaia a Alto Araguaia por um consórcio de quatro empreiteiras.

Laje de casa desaba em Vitória e pedreiro fica ferido

Homem trabalhava em obra de demolição.
Defesa Civil isolou área da casa, no bairro Santa Martha.

Segundo pavimento da casa desabou (Foto: Reprodução / TV Gazeta)
Um pedreiro ficou ferido após o desabamento de parte da laje de uma casa que passava por obra de demolição no bairro Santa Martha, em Vitória, na tarde desta quarta-feira (4). O imóvel fica localizado na Rua Tiradentes e não havia moradores residindo no mesmo. De acordo com a Defesa Civil de Vitória, pouco antes das 16h, o homem trabalhava no segundo pavimento, quebrando a estrutura para a edificação de uma nova casa, quando parte do andar veio abaixo.
Com o desabamento, o trabalhador sofreu ferimentos leves em uma das pernas. Bombeiros e também o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu 192, foram acionados e estiveram no local. O pedreiro, ainda não identificado, foi conduzido, de ambulância para o Hospital São Lucas, em Vitória. Ainda de acordo com a Defesa Civil, a área foi isolada para evitar novos acidentes.

Auxiliar de pedreiro fica ferido após tijolo atingir sua cabeça

Rapaz de 19 anos trabalhava no 2º andar de obra em Montes Claros.
Ele foi socorrido e levado consciente para um hospital da cidade.

Pedreiro caiu de 2º andar de obra no Santa Rita (Foto: Michelly Oda / G1)
um auxiliar de pedreiro, de 19 anos, ficou ferido depois que um tijolo caiu sua cabeça, na manhã desta quinta (19), em Montes Claros(MG).. Segundo as informações dos funcionários da obra, repassadas para o tenente Warley Souza Nunes, do Corpo de Bombeiros, o tijolo estava a 1,5 metros de altura. Após ser atingido, o homem teria ficado atordoado, caiu e bateu com a cabeça em um ferro. Ele trabalhava no segundo andar.
O tenente explica que o auxiliar de pedreiro não chegou a ficar inconsciente. Ele foi resgatado e encaminhado para um hospital de Montes Claros. O encarregado da obra, disse que o funcionário não usava equipamento de segurança no momento do acidente.
http://g1.globo.com/mg/grande-minas/mgintertv-1edicao/videos/t/edicoes/v/auxiliar-de-pedreiro-fica-ferido-apos-tijolo-atingir-sua-cabeca/2834246/

terça-feira, 17 de setembro de 2013

PROBLEMA É MAIOR DO QUE IMAGINAMOS!!!

VEJAM ALGUNS ACIDENTE PELO BRASIL, EM PARQUE DE DIVERSÃO! QUANDO AS PREFEITURAS IRÃO TOMAR UMA PROVIDÊNCIA..... FICA O ALERTA..... PARA NOSSAS CIDADES CIRCUNVIZINHAS......

Ministério Público pede interdição de parque onde criança morreu no Ceará

Prefeitura tem até 24 horas para informar se acata ou não a recomendação.
Menino atingido por brinquedo em parque foi enterrado na tarde de segunda.

Guaraciaba do Norte (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução)

Acidente em parque de diversões deixa 9 feridos no Rio Grande do Sul

Acidente no brinquedo "Samba" ocorreu no domingo em Rio Grande.
Feridos foram atendidos no Hospital Santa Casa; 2 permanecem internados.

Lembre de outros casos de acidentes em parques de diversões

Nesta sexta-feira, adolescente de 14 anos morre no Hopi Hari, no interior de São Paulo

Locais que deveriam servir para o lazer viram palco de tragédias. O acidente que resultou na morte da adolescente Gabriela Yokarimichimura, 14 anos, nesta sexta-feira, no Hopi Hari, no interior de São Paulo,  mostra que muitos parques de diversões pecam pela falta de segurança. 

Levantamento em arquivos do jornal Zero Hora mostra que aconteceram pelo menos oito acidentes graves desde 2007 no Brasil. Relembre:
Outubro de 2011 — Um jovem de 21 anos e outro adolescente de 16 anos ficaram gravemente feridos em um acidente numa roda gigante instalada em um parque de diversões na cidade de Várzea Grande, no Mato Grosso. Ambos caíram após o eixo que liga a cabine ao brinquedo ter se quebrado.
Agosto de 2011 — Uma adolescente morreu e oito ficaram feridos em um acidente com um brinquedo chamado Tufão.  A barra que prendia um carrinho se soltou quando girava em torno do próprio eixo. O compartimento, onde estava a adolescente, voou quase 10 metros e atingiu pessoas que estavam no chão.
Agosto de 2011 — Nove pessoas ficaram feridas ao cair em um brinquedo em Rio Grande, no sul do Estado. Cerca de 30 pessoas estavam no brinquedo Samba quando uma lateral se rompeu.
Setembro de 2010 — O choque entre dois carros de uma montanha-russa no parque de diversões Playcenter, em São Paulo, deixou 16 pessoas feridas. A colisão ocorreu quando um dos veículos parou para desembarque. O carro que vinha atrás não conseguiu frear.
Março de 2009 —  Vítima do acidente com um brinquedo Kamikaze em Castro, no Paraná,  Bruno Ramon Pereira, 15 anos, teve a morte cerebral. O brinquedo se partiu ao meio e, ao cair, deixou outros 12 feridos.
Abril de 2008 — Um adolescente morreu em um tobogã e uma criança em outro brinquedo, no mesmo domingo, em São Paulo. Gustavo Rodolfo Alves, 14 anos, despencou de uma altura de quatro metros do tobogã em um parque aquático no interior do Estado. Alves e nove amigos desciam juntos pelo tobogã, quando o brinquedo cedeu. No outro acidente, Matheus Azevedo Nunes, de 10 anos, morreu ao cair de um brinquedo que simula a queda de um elevador a 10 metros de altura, num parque de diversões na capital paulista.
Fevereiro de 2008 — Três pessoas ficaram feridas, uma delas em estado grave, no acidente ocorrido em um parque de diversões de Poços de Caldas, Minas Gerais. Um pai e dois filhos ficaram feridos. Um carro da montanha russa saiu dos trilhos e sofreu uma queda de cinco metros.
Julho de 2007 — Duas pessoas ficaram feridas em um acidente em um parque de diversões localizado no Parque Marinha do Brasil, na Capital. O pedreiro José Giordano, 41 anos, e sua filha Franciele Rodrigues Giordano, 11 anos, ficaram feridos quando a cadeira do brinquedo Twister, onde estavam, caiu no chão.

Família de criança é indenizada por acidente em parque de diversão

Garota de 9 anos foi atingida depois que parte da estrutura do brinquedo em que estava se desprendeu do teto. Ela teve fratura dos ossos da tíbia e fíbula de uma de suas pernas.


Acidente em roda gigante mata criança em parque de diversões no Piauí

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Menina que sofreu acidente em parque de diversões deixa a UTI


JUSTIÇA BRASIL ALGUNS JULGAMENTO DE ACIDENTE EM PARQUES


Acidentes em parques de diversões internam quatro por dia em SP

Em fevereiro, uma menina morreu em brinquedo do parque Hopi Hari, em Vinhedo; região registrou 76% dos acidentes de 2011 Foto: Rose Mary Souza / Especial para Terra

CULPA FOI DA PREFEITURA! Família de jovem morta em parque de diversões no Rio será indenizada.

Alessandra Aguilar, de 17 anos, foi atingida por peças do brinquedo 'Tufão'.
Município do Rio pagará R$ 339 mil por danos morais. À decisão cabe recurso.
Brinquedo se desprendeu de parque em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio (Foto: Reprodução/TV Globo)
Os pais de Alessandra da Silva Aguilar, que morreu aos 17 anos ao ser atingida por peças de um brinquedo do Parque de Diversões Glória Center, serão indenizados em R$ 339 mil pelo município do Rio, conforme divulgou o Tribunal de Justiça do Rio nesta terça-feira (17).
Além do valor por danos morais, a família ainda receberá pensão de um salário mínimo até a data em que a vítima completaria 25 anos, e R$ 2,5 mil relativos às despesas de sepultamento. Ainda cabe recurso à decisão do caso, que ocorreu em 2011. A Prefeitura, em nota, anunciou que ainda não foi notificada.
"Por ato próprio, o réu tornou-se garantidor da preservação daqueles brinquedos, permitindo o funcionamento e o recomendando quando tinha a obrigação legal de impedi-lo. Se lhe passou desapercebida esta situação, quando a todos era evidente, deve ser imputado pelos danos que sua desídia produziu", escreveu o magistrado Luiz Fernando de Andrade Pinto, na decisão judicial.
Entenda o caso
Em agosto de 2011, em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, o brinquedo "Tufão", do parque Glória Center, girava no ar em volta do próprio eixo quando um dos carrinhos se desprendeu da estrutura, atingindo pessoas que estavam na fila da bilheteria.
De acordo com o Ministério Público, o laudo pericial apontou que os brinquedos do parque estavam em péssimo estado de conservação, com peças deterioradas, calços com pedaços de madeira, condutores com emendas e fitas isolantes expostas, fixação de estruturas com arames metálicos torcidos e brinquedos com pregos enferrujados, entre outras irregularidades.

Crea-RJ e donos de parques discutem segurança de brinquedos

Proprietários foram orientados sobre as autorizações para funcionar.
Conselho pretende treinar engenheiros que farão laudos dos parques.

Cerca de 15 proprietários de parques de diversões participaram nesta sexta-feira (2), de uma reunião na sede do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-RJ), no Centro do Rio, para discutir a segurança dos brinquedos e do espaço do parque. Segundo o engenheiro Luiz Antônio Cosenza, coordenador da Comissão de Avaliação e Prevenção de Acidentes, do Crea, desde o acidente ocorrido num parque em Vargem Grande, na Zona Oeste do Rio, os donos de parques encontram dificuldades para obter autorização para funcionar.
Segundo Cosenza, os donos de parques estão preocupados. Eles relataram que o movimento caiu mais de 50% após o acidente de Vargem Grande, quando um brinquedo quebrou matando dois jovens e deixando outros sete feridos.
“Vamos fazer uma nova reunião em duas semanas e vamos convidar o Corpo de Bombeiros para falar sobre os itens de segurança e a fiscalização dos parques. Nossa ideia é mostrar o que deve constar nos laudos e treinar os engenheiros para dar as autorizações de funcionamento. Também esperamos que os donos de parques tragam mais dúvidas e sugestões para que possamos intensificar e melhorar a fiscalização”, disse o engenheiro.
O acidente ocorreu durante uma festa agostina - uma celebração de São João no mês de agosto, na madrugada do dia 14 de agosto. De acordo com a polícia, por volta das 3h, um carrinho do brinquedo chamado "tufão" se soltou e caiu do alto, atingindo várias pessoas que estavam numa fila. Alessandra da Silva Aguilar, de 17 anos, morreu no local. Já o Vítor Alcântara de Oliveira, de 16 anos, morreu na terça-feira (16), após dois dias internado em estado grave.
Alessandra da Silva Aguilar (Foto: Reprodução/Ag. O Globo)
Inquérito
A delegada Adriana Belém, da 42ª DP (Recreio), responsável pelo caso, concluiu o inquérito sobre o caso. No relatório, ela ressalta o depoimento de uma perita do Crea-RJ, que disse que "existia a possibilidade de outros carrinhos se soltarem porque não se tratou de uma ocorrência pontual e sim de desgaste da nave".
A delegada conclui no texto que "o parque funcionava em estado precaríssimo", mostrando que seus proprietários não demonstravam o menor respeito à vida e à integridade física da pessoa humana. A dona do parque e seu filho foram indiciados por homicídio doloso (com intenção de matar) e por dez lesões corporais. Se condenados podem receber penas de 12 a 30 anos de prisão.
No dia 16 de agosto, após prestar depoimento na delegacia, a dona do parque de diversões disse que não teve culpa: "Eu não sou assassina, eu não tive culpa, foi um acidente", disse ela.
Além dela, o filho e outro sócio do parque de diversões também prestaram depoimento. Na ocasião, a delegada informou que eles se recusaram a falar sobre qualquer coisa e que nada colaboraram na investigação.
Já o engenheiro que autorizou o funcionamento do parque e quatro organizadores do evento foram indiciados por falsidade ideológica.
"Ingressos para a morte", diz delegada
Na conclusão de seu relatório, a delegada não esconde sua indignação: "Alessandra estava na fila para pagar o ingresso e se divertir em brinquedos que acabaram tirando-lhe a vida. E pagou. Pagou com sua vida face ao desprezo e a indiferença de pessoas que ali estavam para vender ingressos. Ingressos para a morte. Ingressos que eram vendidos até por pacote: 1 por R$ 4 e três por R$ 10. Como se os valores atribuídos aos ingressos fosse capazes de compensar a aceitação do risco de produzir a morte de jovens que queriam apenas se divertir, como Alessandra e Vitor".
No texto, a delegada lembra que peritos não hesitaram em afirmar que "se observou que ocorria vibração em sua estrutura, a qual poderia acarretar, com o uso, sem as devidas intervenções de manutenção, danos às estruturas do brinquedo até uma catástrofe grave".
Adriana Belém fez referência especial ao estado dos cavalinhos do carrossel, "destinado às crianças cuja pureza e inocência as fazem incapazes de enxergar o perigo que dali advém, já que são fixados por enormes parafusos e pregos enferrujados".
Ela ressalta que os peritos garantiram que o brinquedo Tufão, que casou o acidente, só poderia levar quatro pessoas, mas testemunhas disseram que ele funcionava acima de seu limite.
Segundo a delegada, um ex-companheiro da dona do parque e que trabalhava lá como barraqueiro contou que "alguns brinquedos estão em estado crítico e que nunca deixaria seus filhos andarem naqueles brinquedos".


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

5º WORKSHOP DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO!

A POLITEC NOVO RUMO REALIZA NO DIA 28/09/2013, DAS 08hrs às 12 hrs, NO AUDITÓRIO JOÃO COUTINHO FCAP- PE, SITUADO NA AVENIDA SPORT CLUB DO RECIFE Nº25 (BLOCO  "C" ), MADALENA - RECIFE - PERNAMBUCO

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Operário morre eletrocutado em acidente de trabalho no Oeste

Fatalidade ocorreu em Xanxerê, na tarde de terça-feira (10). Descarga elétrica foi tão forte que as rodas do veículo pegaram fogo
Operário morre eletrocutado em acidente de trabalho no Oeste
Um operário morreu eletrocutado na tarde de terça-feira (10) em Xanxerê, município localizado no Oeste de Santa Catarina. Segundo os bombeiros, Daniel de Souza Duarte tinha 26 anos, e trabalhava em uma empresa de telefonia. Ele morreu no momento da descarga elétrica.

"Quando chegamos ao local ele já estava morto. Os colegas estavam bem assustados. Porém, quando se trabalha com energia elétrica, todo cuidado é pouco", disse o bombeiro militar Pedro Herkert, que participou da ocorrência.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Xanxerê, a vítima atuava na construção de uma rede elétrica de alta tensão e operava um caminhão quando encostou o braço mecânico do veículo na rede. A descarga elétrica foi tão forte que os pneus do caminhão chegaram a incendiar e foi necessário o uso de extintores para conter as chamas.
G1

vergonha para o BRASIL!

Acidente de trabalho mata 1 por dia em SP

 
Levantamento da Secretaria de Saúde de São Paulo mostra que, na média, pelo menos uma pessoa morre por dia vítima de acidente de trabalho nos municípios paulistas. Com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, o órgão paulista registrou 457 acidentes de trabalho fatais em 2012, contra 507 no ano anterior e 472, em 2010. Apesar da ligeira queda em relação aos dois anos anteriores, o número de óbitos mostra que o mercado de trabalho paulista, considerado o motor da economia brasileira, convive há pelo menos três anos com pelo menos uma morte por dia, ou, em média, 40 acidentes fatais por mês.
 
Brasil ocupa a 4ª colocação

Em 2011, de acordo com o último Anuário Estatístico do Ministério da Previdência Social, morreram 2.884 trabalhadores durante o exercício de suas atividades em todo o país, deixando o Brasil na quarta colocação no ranking mundial de mortes por acidentes de trabalho, atrás apenas de China, Estados Unidos e Rússia. No total, foram registrados 711,1 mil acidentes ao longo de 2011. Os dados de São Paulo mostram uma evolução do número de notificações ao Sinan, o que pode sinalizar que o anuário de 2012, que deve ser divulgado entre setembro e outubro, pode vir pior que 2011. Os registros, que dizem respeito a acidentes de trabalho fatais, graves ou que ocorreram com menores de 18 anos, cresceram de 25,6 mil, em 2010, para 35 mil em 2012. Em 2011, já haviam aumentado para 30,7 mil.
 
— As notificações vêm crescendo desde 2004, quando o sistema foi informatizado — diz Simone Alves dos Santos, diretora da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária de São Paulo, lembrando que o maior número de ocorrências fatais acontece no trajeto entre a casa e o trabalho ou durante atividade na rua.
 
Fonte: O Globo