Operação vistoriou matadouros de oito municípios.
Locais apresentavam insalubridade e falta de regulamentação.
“O fechamento só ocorre em função da ausência de regulamentação e da confirmação do abate clandestino. É uma questão de saúde humana”, diz o diretor operacional da Adepará, Sálvio Freire. Segundo ele, a inspeção é a garantia da procedência e da qualidade do produto consumido no estado, que é o quinto maior rebanho do país em produção e o quarto maior em abate.
Sálvio Freire lembra que o abate de animais fora das exigências sanitárias previstas em lei pode levar à contaminação da carne com zoonoses, doenças oriundas dos animais que podem ser transmitidas para o homem, como raiva, tuberculose e brucelose. Há ainda o risco de se contrair infecções.
De acordo com a Adepará, para a reabertura do estabelecimento interditado, é preciso um ajustamento de conduta, levando em consideração, além do registro, questões de estrutura mínima para validar o funcionamento referente às condições de refrigeração adequadas para a carne; presença do médico veterinário fazendo a inspeção durante o abate; questões impactantes ao meio ambiente e de uso da água, assim como a localização do matadouro.
Nos matadouros irregulares, boa parte dos os animais vivos entra sem a Guia de Trânsito Animal, embora seja proibido transitar sem esse documento. Segundo Sálvio Freire, os animais abatidos de forma irregular podem ser fruto de roubo, e esse controle não existe nos dados oficiais. A guia tem as informações acerca do animal, como origem, destino e controle sanitário, que confirmam a procedência e a sanidade do animal e, consequentemente, a qualidade da carne que chegará à mesa do consumidor.
Como ato imediato e paralelo à fiscalização, a Adepará está orientando as prefeituras que não têm o Sistema de Inspeção Municipal (SIM) que criem e aprovem a lei que o institui. Esta conduta também é uma orientação do Ministério da Agricultura e do Ministério Público Estadual. “Nossa preocupação é garantir a qualidade do alimento que para a mesa do consumidor. No momento, estamos em meio a um processo de aproximação com os municípios. A conscientização precisa do apoio conjunto do setor produtivo e da população”, afirma Sálvio.
Novos matadouros
Segundo a Adepará, o governo implantará, até o fim de 2014, 36 novos polos de matadouros, em locais a definir. Um investimento na ordem de aproximadamente R$ 24 milhões. O município que não se sentir apto ou em condições de implantar o Sistema de Inspeção pode recorrer à compra da carne de um estabelecimento inspecionado em municípios vizinhos ou em estabelecimento devidamente credenciado com inspeção estadual ou federal.
Segundo a Adepará, o governo implantará, até o fim de 2014, 36 novos polos de matadouros, em locais a definir. Um investimento na ordem de aproximadamente R$ 24 milhões. O município que não se sentir apto ou em condições de implantar o Sistema de Inspeção pode recorrer à compra da carne de um estabelecimento inspecionado em municípios vizinhos ou em estabelecimento devidamente credenciado com inspeção estadual ou federal.
O projeto de implantação do SIM passa pela aprovação do legislativo municipal, para que o prefeito o oficialize com decreto ou portaria. A próxima etapa é a estruturação do setor, que inclui a contratação de veterinários e de técnicos agrícolas e do setor administrativo, para que inspecionem, supervisionem e fiscalizem os locais de abate no município.
Durante uma ação de fiscalização, fiscais da Adepará verificam se o SIM está devidamente implantado. Em caso afirmativo, os estabelecimentos registrados estão aptos a fazer o abate junto ao município. Caso não exista o sistema municipal, é preciso estar registrado nos serviços de inspeção dos governos federal ou estadual, sob pena de fechamento do local, por irregularidade na exploração do negócio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário