sexta-feira, 14 de junho de 2013

Criança tem a cabeça ferida ao cair de brinquedo em parque de diversões

Menina foi arremessada da máquina na noite de quarta em Pradópolis, SP.
Parque diz que ela ficou em pé durante movimento; defesa culpa trava.

Luana de Paula Ferreira da Silva levou 14 pontos na cabeça após o acidente (Foto: Reprodução/EPTV)
A Polícia Civil de Pradópolis (SP) instaurou um inquérito para investigar as causas da queda de uma menina de 9 anos de um brinquedo instalado no parque de diversões da Festa do Peão do município, realizada pela Prefeitura. Luana de Paula Ferreira da Silva, de 9 anos, foi arremessada da cadeira do brinquedo conhecido como skiing dance na noite de quarta-feira (12). A menina, que foi socorrida por um operador de máquinas do parque, sofreu um grave ferimento na cabeça e levou 14 pontos, e hematomas pelo corpo.
Um funcionário do parque afirmou à polícia que a menina ficou em pé - o que é proibido - no momento em que o brinquedo começou a se movimentar. No entanto, o advogado da família da vítima alega que houve problemas na trava de segurança do equipamento.
Segundo o delegado Ildon Pimenta de Paula, responsável pelo caso, foram ouvidos o responsável pelo parque, a mãe da criança e o operador do brinquedo. A mãe da menina não estava presente no momento do acidente, e havia deixado a criança sob responsabilidade de um amigo da família. "O operador foi incisivo. Disse que estava atento e que averiguou as travas de segurança. O que chamou a atenção é que ele disse que quando o briquedo começou a rodar, essa criança se levantou do brinquedo e foi arremessada. Precisamos da perícia para comprovar, mas segundo o operador do brinquedo a trava de segurança permaneceu fechada", diz.
A menina, no entanto, nega que tenha ficado em pé no brinquedo. "Sentei no brinquedo e começou a música. O brinquedo começou a rodar, foi para frente e depois foi para os lados. Fiquei com medo, e nisso eu caí no chão. O brinquedo bateu no meu olho, e depois arrastou nas minhas costas. A trava foi para a frente duas vezes. Eu não fiquei em pé no brinquedo. Eu voei do brinquedo", diz. A mãe de Luana, Raquel Rosa de Pina, diz que ainda está assustada com o acidente. "Fiquei muito preocupada. Achei que eu fosse perder a minha filha", afirma.
Resgate
O operador de máquina Davi Leite da Silva foi quem parou o brinquedo e socorreu Luana no momento do acidente. Ele afirmou à reportagem que não chegou a ver a menina de pé no brinquedo, mas diz que não há outra explicação para a queda. "Ela deve ter subido na cadeira e ficado de pé. Não cheguei a vê-la de pé. Só a vi quando ela caiu. Desliguei e freei o brinquedo e corri para pegá-la.  Pulei e rolei com ela para o centro do brinquedo, para protegê-la. Fiquei com ela até o socorro vir", diz.
O advogado da família, Sebastião Almeida Viana, contesta a versão do operador. "Há inúmeras testemunhas presenciais do acidente e elas esclarecem que o problema não foi a menina, foi a trava do brinquedo. Parece que a trava se abriu por um momento e a menina caiu e foi arrastada pelo brinquedo", afirma. 
Viana diz também que o resgate demorou para chegar ao parque, uma vez que, segundo ele, não havia nenhuma ambulância no recinto. "A ambulância demorou em torno de 40 a 45 minutos para socorrer a menina. Ela estava sangrando. Deveria ter ambulância no recinto, mas este ano não houve nenhuma. Vou requerer a documentação junto à prefeitura para saber como foi realizada a contratação desse parque e ajuizar uma ação de indenização para a família", diz.
Prefeitura
Segundo o secretário de Esportes de Pradópolis, Edmar Luis Ventura, a empresa responsável pelo parque de diversões apresentou  todas as documentações necessárias para operar durante a Festa do Peão. "Por ser uma festa pública, a gente leiloa o espaço. A empresa que arrematou apresentou toda a documentação necessária. A festa tem alvará dos bombeiros e os laudos necessários para que ela aconteça", explica.
Ainda de acordo com Ventura, o recinto onde a festa acontece dispõe de duas ambulâncias. Ao contrário do que foi afirmado pelo advogado da família, o secretário diz que o resgate da menina não levou mais de 10 minutos. "Trabalhamos com duas ambulâncias no parque. O resgate demorou de cinco a dez minutos porque houve uma troca de ambulâncias nesse intervalo. Temos equipe de socorristas e bombeiros aqui. A remoção da criança foi feita para o centro médico, que fica a menos de 500 metros do parque", diz.
A comissão organizadora da festa informou ainda que a perícia vistoriou e liberou o funcionamento do brinquedo após o acidente.
Menina de 9 anos foi arremessada de brinquedo em parque de diversões de Pradópolis (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)

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