segunda-feira, 15 de abril de 2013

Explosões deixam mortos e feridos na chegada da Maratona de Boston


Bombas explodiram perto da linha de chegada da tradicional corrida de rua.
Há 2 mortos e pelo menos 23 feridos; governo trata caso como ato de terror.

Foto mostra fumaça momentos depois de uma das explosões na linha de chegada da Maratona de Boston. (Foto: David L. Ryan/The Boston Globe via Getty Images)
Duas fortes explosões deixaram mortos e feridos na chegada da Maratona de Boston, nos EUA, nesta segunda-feira (15). Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas "poderosas".
A polícia de Boston confirmou dois mortos e 23 feridos, mas disse que esse número pode aumentar. Segundo a TV NBC e a CNN, um dos mortos seria uma criança de oito anos.
O Hospital Geral de Massachusetts estava tratando 19 pessoas feridas, seis delas em estado grave. De acordo com a rede CNN, há 132 pessoas sendo tratadas em hospitais - incluindo oito crianças. O "Boston Globe" afirma que esse número é de 125.
O FBI (polícia federal dos EUA) e outras autoridades estão tratando o caso como um "ato de terrorismo", segundo fontes citadas pela CNN e pela agência Reuters. Uma autoridade ouvida pela Reuters disse que é necessário descobrir se se trata de algum grupo nacional ou estrangeiro.
As explosões geraram uma cena de caos na cidade, com feridos e escombros pela rua e movimento de paramédicos.
Por precaução, a agência de aviação civil dos EUA fechou o espaço aéreo sobre a região de Boston.
O incidente ocorreu no momento em que milhares de corredores terminavam a 117ª edicão da maratona, considerada a mais antiga do mundo, disputada desde 1897.
Muitas pessoas estavam no local, em clima festivo, esperando pela chegada dos corredores.
Uma rádio local informou que a primeira explosão ocorreu perto de uma loja de equipamentos esportivos e a outra próximo a uma arquibancada.
Segunda a TV CBS, as duas explosões foram quase simultâneas.
Elas teriam ocorrido por volta das 14h45 locais (15h45 de Brasília), na Boylston Street, altura do número 673, de acordo com uma repórter da WBZ-TV.
Testemunhas falam ter visto feridos graves, com membros amputados, e muito sangue.
A prova deste ano era disputada por pelo menos 131 corredores brasileiros. O Itamaraty afirmou que não há registro de vítimas brasileiras.
Um porta-voz do evento disse a jornalistas que o hotel que serve como sede da maratona foi bloqueado após a explosão e que ninguém teria permissão de sair ou entrar do prédio.
O site oficial da Maratona afirmou que foram duas bombas, mas a polícia ainda não havia confirmado a informação.
O canadense Mike Mitchell, de Vancouver, um atleta que terminou a maratona disse que estava olhando para trás na linha de chegada e viu uma "explosão enorme".
A fumaça subiu 15 metros, disse Mitchell. As pessoas começaram a correr e gritar após ouvirem o barulho, acrescentou.
"Todo mundo está assustado", disse Mitchell.
Terceira explosão
A polícia também informou que uma terceira explosão atingiu a Biblioteca e Museu Presidencial JFK, também em Boston, a 5 quilômetros do local da maratona.
Rachel Day, porta-voz da biblioteca, disse que houve um incêndio no local, mas sem feridos.
A polícia afirmou que esta explosão não estava relacionada com as ocorridas na maratona.
O comissário de polícia Ed Harris disse que não havia nenhuma ameaça anterior aos incidentes.
Ele negou boatos da imprensa de que um suspeito estaria sob custódia da polícia, mas disse que vários suspeitos estão sendo interrogados.
Os policiais também pediram que a população não se reúna em grupos e que procure se manter em suas casas.
Nova York em alerta
O Departamento de Polícia de Nova York aumentou a segurança nos principais marcos turísticos de Manhattan, incluindo áreas próximas de importantes hotéis, em resposta ao incidente em Boston, disse o vice-comissário da polícia local, Paul Browne.
Browne afirmou à Reuters que a polícia de Nova York estava enviando veículos de contra-terrorismo para toda a cidade.
Capital
A polícia da capital, Washington, também aumentou o nível de segurança. Um cordão de isolamento foi posto em frente à Casa Branca, residência oficial do presidente.
Um cordão de isolamento foi posto em frente à Casa Branca, residência oficial do presidente em Washington, depois das explosões na Maratona de Boston. (Foto: Mladen Antonov/AFP)
Obama foi informado sobre o incidente por Lisa Monaco, conselheira de Segurança Interna, por Bob Mueller, diretor do FBI e por outros funcionários.
Ele ofereceu ao prefeito de Boston, Tom Menino, e ao governador de Massachusetts, Deval Patrick, todo o apoio necessário.


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